quinta-feira, 6 de novembro de 2008

AGRESSIVIDADE

AGRESSIVIDADE

DIRANTE UM ACESSO DE RAIVA, O HIPOTÁLAMO ENVIA SINAIS AS GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS, LIBERNDO ADRENALINA NA CORRENTE SANGUINEA HAVENDO UMA INTERAÇÃO INSTANTANEA ENTRE A SENSAÇÃO DE RAIVA E A FISIOLOGIA, OU SEJA, O CORPO RESPONDE COM REAÇÕES. EXPERIMENTOS QUÍMICOS TÊEM DEMONSTRADO QUE A AGRESSIVIDADE PODE SER ALTERADA MODIFICANDO A TAXA METABÓLICA DE ALGUNS NEUROTRANSMISSORES DO SISTEMA NERVOSO COMO A DOPAMINA, NORADRENALINA E SEROTONINA.

ESQUIZOFRENIA

O SITE http://www.psicosite.com.br/tra/psi/esquizofrenia.htm define assim a esquizofrenia:



"Apesar da exata origem não estar concluída, as evidências indicam mais e mais fortemente que a esquizofrenia é um severo transtorno do funcionamento cerebral. A Dra Nancy Andreasen disse: "As atuais evidências relativas às causas da esquizofrenia são um mosaico: a única coisa clara é a constituição multifatorial da esquizofrenia. Isso inclui mudanças na química cerebral, fatores genéticos e mesmo alterações estruturais. A origem viral e traumas encefálicos não estão descartados. A esquizofrenia é provavelmente um grupo de doenças relacionadas, algumas causadas por um fator, outras, por outros fatores".
A questão sobre a existência de várias esquizofrenias e não apenas uma única doença não é um assunto novo. Primeiro, pela diversidade de manifestações como os sub-tipos paranóide, hebefrênico e catatônico além das formas atípicas, que são conhecidas há décadas. Segundo, por analogia com outras áreas médicas como o câncer. O câncer para o leigo é uma doença que pode atingir diferentes órgãos. Na verdade trata-se de várias doenças com manifestação semelhante. Para cada tipo de câncer há uma causa distinta, um tratamento específico em chances de cura distintas. São, portanto, várias doenças. Na esquizofrenia talvez seja o mesmo e o simples fato de tratá-la como uma doença só que atrapalha sua compreensão. Poucos sabemos sobre essa doença. O máximo que conseguimos foi obter controle dos sintomas com os antipsicóticos. Nem sua classificação, que é um dos aspectos fundamentais da pesquisa, foi devidamente concluída."




Analisando este conceito de que a esquizofrenia pode ser explicada como tendo mais de uma causa, concordo plenamente. Como conhecedor de forças sobrenaturais, posso afirmar com certeza que muitos casos são vão os tratamentos com psicotrópicos, porque só estamos vemos a ponta do iceberg. Em muitos casos a esquizofrenia esta ligada a possessão demoníaca. Não reconhecer este fator espiritual limitará o médico em conseguir êxito somente em certos casos e não em outros.

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EPILEPSIA





COMPORTAMENTO VIOLENTO - 2
EPILEPSIA, PERSONALIDADE E AGRESSIVIDADE
A abordagem da epilepsia tem sido muito diferente entre as duas disciplinas médicas que se ocupam do problema: a neurologia e a psiquiatria. Neurologicamente a epilepsia pode ser entendida como uma disritmia cerebral paroxística capaz de provocar alterações no sistema nervoso central e, conseqüentemente, em todo organismo. Sob o ponto de vista psiquiátrico, também se entende a epilepsia como uma disritmia cerebral paroxística, com alterações funcionais do sistema nervoso central e, conseqüentemente, manifestações no comportamento, nas emoções e nos padrões de reações do indivíduo.
O termo Epilepsia refere-se a uma condição crônica de ataques periódicos ou repetidos, causados por uma condição fisiopatológica da função cerebral, resultante da descarga espontânea e excessiva de neurônios corticais. Entretanto, não se deve entender a epilepsia como uma doença exclusivamente convulsiva. A convulsão é apenas um dos sintomas da doença, o qual traduz a existência ocasional de uma descarga excessiva e desordenada do tecido nervoso sobre os músculos do organismo. A epilepsia porém, deve ser conceituada atualmente, como uma síndrome com um conjunto de sinais e sintomas decorrentes desta disritmia cerebral paroxística. Nesta síndrome portanto, a convulsão propriamente dita, pode até estar ausente, como se acredita que aconteça na maioria dos pacientes disrítmicos
Na disritmia cerebral o distúrbio no padrão elétrico da atividade neuronal mostra-se paroxisticamente e pode ser oriundo de qualquer parte do sistema nervoso central. Entretanto, alguns estudos iniciais pela tomografia de emissão de pósitrons têm mostrado que os focos epilépticos são hipometabólicos nos períodos intercrises, ou seja, o foco será hiperativo durante as crises e hipometabólicos fora das crises, o que significa não funcionarem bem em nenhum momento. Quando a localização do foco epileptógeno é no lobo temporal, esta atividade disrítmica se mostra mais relevante para a psiquiatria. Neste caso será denominada Epilepsia Parcial Complexa, Epilepsia do Lobo Temporal ou Epilepsia Psicomotora.
Em estudo realizado no Canadá em 1994 (Nathaniel J.Pollone e James J. Hennessy), num grupo de 372 homens presos de um hospital mental judiciário de segurança máxima, 20 % tinham anormalidades focais temporais do eletroencefalograma, e 41% tinham alterações patológicas da estrutura cerebral no lobo temporal. Isso sugere um relevante papel dos danos neurológicos na formação do comportamento violento. Os dados mostraram uma proporção de 21:1 para agressivos habituais, ou seja, 21 portadores de alterações neurológica para cada 1 agressivo sem essas alterações. Em relação à população normal a incidência foi de 4:1, ou seja, 4 vezes mais freqüente os agressores com as alterações neurológicas que os agressores sem elas.
As considerações acerca de determinada personalidade "epileptiforme", a qual reúne traços encontradiços em pacientes disrítmicos, têm despertado discussões virulentas. Por cautela meramente acadêmica, colocamos o "epileptiforme" entre demagogos parênteses. Mesmo que a prática clínica cotidiana constate substanciais argumentos em favor de um rico conjunto de características personais em epilépticos, tanto sob o ponto de vista comportamental quanto afetivo, convém estabelecer mais algumas considerações sobre esse polêmico assunto e, desta forma, evitar arranhar opiniões ainda não sensibilizadas pela força das observações.
Kaplan considera, juntamente com outros tantos autores, uma alta incidência de psicoses na epilepsia. Além disso, as perturbações da personalidade constituem os problemas psiquiátricos mais comuns nesta disfunção do Sistema Nervoso Central. Não se afirma, com isso, que todos epilépticos possuam a mesma personalidade ou as mesmíssimas características, de forma que possamos colocá-los todos num mesmo "clone". O que acontece são determinados traços comportamentais, de relacionamento, de reação vivencial, de emotividade e impulsividade encontrados estatisticamente de maneira significativa nos pacientes epilépticos.
Para melhor compreensão desse tema, é fundamental entendermos esse nosso epiléptico, não necessariamente como aquela pessoa que tem convulsões. Quase pelo contrário. A prática clínica nos tem ensinado que os epilépticos convulsivos são, inclusive, menos propensos à alterações de personalidade do que aqueles não convulsivos. Essas observações decorrem de um diagnóstico retrógrado, ou seja, primeiramente constatamos algum traço ou mesmo alteração de personalidade para, depois, constatarmos alterações eletroencefalográficas. Notadamente, são alterações do lobo temporal.
Outro fato a ser lembrado é em relação aos termos usados: estamos falando em traços e alterações de personalidade e não, necessariamente, em Transtornos de Personalidade. Isso quer dizer que esses traços nem sempre constituem uma doença. Para tal, de acordo com o conceito de Transtornos de Personalidade, há necessidade de concomitante prejuízo social e ocupacional.
Há uma maneira de ser do epiléptico caracterizada, principalmente, por irritabilidade, explosividade, agressividade, querelância, viscosidade, instabilidade de humor e outros sinais muito bem delineados pelo trabalho de Lúcia Coelho. Também se vê na prática clínica, outras alterações mais patológicas e responsáveis por alterações da sensopercepção, tais como alucinações e ilusões, não citadas por essa autora e encontradas em pacientes com alterações eletroencefalográficas do lobo temporal.
Inegavelmente a epilepsia resulta de um distúrbio fisiológico do Sistema Nervoso Central e não de conflitos intra-psíquicos, embora, sem dúvida, estes possam coexistir. Assim, os transtornos epileptiformes da personalidade seriam muito mais secundários a alterações funcionais do Sistema Nervoso Central, do que motivados por razões exclusivamente emocionais, cogitando-se, inclusive, que muitos dos sentimentos esboçados por tais pacientes sejam conseqüência deste distúrbio funcional.

EPILÉPTICOS ADULTOS - TRAÇOS *

Irritabilidade e Agressividade...
83%

Dificuldades de relacionamento...
83%

Hiperemotividade...
73%

Dependência Afetiva...
60%

Misticismo...
60%

Instabilidade de humor...
60%

Sintomas depressivos/ hipocondria...
56%

Dificuldades Sexuais...
53%




EPILÉPTICOS ADULTOS - SINAIS CLÍNICOS *

Perda de fôlego em criança...
93%

Enurese noturna até tarde...
73%

Instabilidade da Atenção...
93%

Cefaléias ou enxaquecas...
70%

Vista escura (tontura postural)...
70%

Agitação durante o sono...
50%




*Porcentagens encontradas em pacientes epilépticos reportadas no trabalho de LúciaCoelho, "Epilepsia e Personalidade".
 
Uma das características da personalidade facilmente observável nos epilépticos extrovertidos, talvez seja a chamada "viscosidade", mas só nos extrovertidos. Esta alteração se evidencia numa forma de inter-relacionamento pessoal caracterizada por adesividade, circunstancialidade e prolixidade; a conversação com o paciente costuma ser lenta, séria, pedante, irritantemente ponderada, excessivamente cheia de detalhes, minúcias supérfluas e demasiadamente circunstancial. Comumente o ouvinte se aborrece diante do desprezo ao tema principal da conversa em benefício dos detalhes, procura reconduzir o assunto à pauta principal mas o paciente insiste no discurso com um volteio interminável. Encerrar a conversa com tais pacientes é tarefa difícil, despedir-se deles é demorado e irritante; freqüentemente fazem que dão o assunto por encerrado mas acrescentam mais alguma coisa, ficam mais um pouco, lembram mais alguma coisa a perguntar, enfim, grudam demais. Por isso são chamados de viscosos ou pegajosos.
Outra peculiaridade comportamental encontradiça em alterações da personalidade do paciente disrítmicos é a agressividade. Segundo Kaplan, existem evidências sugerindo que o aumento da agressividade esteja relacionada a lesões focais irritativas, particularmente do lobo temporal e frontal, amígdala medial e tegumento mesoencefálico. Johnson refere pesquisas de Mark e Ervin constatando mais de 50% de epilepsia entre 163 pacientes agressivos e acrescenta que "o tipo mais comum de doença cerebral associada ao comportamento destrutivo e ao descontrole de comportamento é a epilepsia do lobo temporal".
Bleuler diz ser a intensidade mórbida dos impulsos emocionais e dos estados de ânimo o traço mais dominante do caráter epiléptico, muito mais prolongados que numa pessoa normal e mais difíceis de interromper por influências externas. Assim sendo, o epiléptico pode ter uma ira cega em circunstâncias nas quais uma pessoa sadia apenas se zangaria. Mas não é só a irritabilidade a se manifestar de maneira exacerbada, também a alegria, gratidão e dedicação tendem a exagerar-se nesses distúrbios. Denis Williams aponta a intensificação das emoções, as dificuldades de relacionamento e o comportamento agressivo nas epilepsias do lobo temporal, entre outras características.
O termo "personalidade epileptóide" é utilizada por Kaplan ao descrever o Transtornos Explosivo Intermitente, segundo a classificação do DSM-III-R. O Transtornos Explosivo Intermitente foi tratado pelo DSM-III-R e continua classificado pelo DSM-IV, no capítulo dos Transtornos do Controle dos Impulsos. Na CID-10 corresponde ao código F63.8, rotulado como Outros Transtornos dos Hábitos e Impulsos, dentro do capítulo Transtornos dos Hábitos e Impulsos. Devemos incluir aqui comportamentos mal adaptativos, persistentemente repetidos que não sejam secundários à qualquer síndrome psiquiátrica reconhecida e nos quais parece haver falhas repetidas a resistir a impulsos para executar o comportamento agressivo.
Tanto a CID-10 quanto o DSM-IV colocam os seguintes transtornos juntos:
1 - Transtornos Explosivo Intermitente
2 - Cleptomania
3 - Jogo Patológico
4 - Piromania
5 - Tricotilomania
A característica essencial dos Transtornos de Controle dos Impulsos é o fracasso em resistir a um impulso ou tentação de executar um ato perigoso para a própria pessoa ou para outros. Na maioria dos transtornos descritos nesta classificação, o paciente sente uma crescente tensão ou excitação antes de cometer o ato. Após cometê-lo, pode ou não haver arrependimento, auto-recriminação ou culpa.
Embora o indivíduo fracasse em resistir ao ímpeto e à tentação para a realização de tais atitudes, poderá experimentar grande arrependimento tão logo concretize o ato. Kaplan enfatiza autores atuais que atestam um possível envolvimento de fatores orgânicos nos distúrbios dos impulsos e determinadas experiências que demonstram regiões específicas do cérebro envolvidas com a atividade impulsiva e violenta, como é o caso do sistema límbico e epilepsias dos lobos temporais. Este quadro de explosividade e/ou agressividade é melhor estudado no capítulo anterior sobre o Comportamento Violento.
Um outro transtorno da personalidade associado à epilepsia, desta feita do lobo frontal (raras vezes também à epilepsia do lobo temporal), é a condição descrita pelo DSM-III-R como Síndrome Orgânica da Personalidade, referida em classificações mais antigas como um padrão de comportamento compatível com a Síndrome do Lobo Frontal. É um distúrbio persistente da personalidade caracterizado principalmente por instabilidade afetiva, explosões de agressividade ou raiva recorrentes, comprometimento acentuado do julgamento social, apatia acentuada e indiferença, desconfiança ou ideação paranóide.
No caso de Síndrome Orgânica da Personalidade, pode haver um acentuado comprometimento social e ocupacional proporcional ao comprometimento do juízo crítico e às crises de explosividade, fato muito mais atenuado nos casos de Transtornos Explosivo Intermitente. De maneira geral, tanto a Síndrome Orgânica da Personalidade como o Transtornos Explosivo Intermitente são modalidades de personalidade que proporcionam ao indivíduo uma maneira própria de existir, de reagir e de sentir a vida e cuja etiologia supõe-se associada à um transtorno disrítmico do Sistema Nervoso Central, porém, sem menção obrigatória da existência de convulsões.
De todo complexo sintomático associado à epilepsia, três sinais receberam atenção maior dos pesquisadores: irritabilidade, instabilidade afetiva e viscosidade. Nenhum deles, entretanto, é patognomônico da epilepsia e nem tampouco obrigatório nos pacientes epilépticos. Mais apropriado seria considerá-los como componentes de uma vasta constelação caracterológica, na maioria das vezes compatível com uma boa manutenção da vida gregária, mas possíveis de uma abordagem psiquiátrica, sempre que esta modalidade de personalidade fizer sofrer o indivíduo ou aqueles que o rodeiam.
CLASSIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO
Devemos considerar a epilepsia sob dois pontos de vista: primeiramente como um conjunto sindrômico de sinais e sintomas psíquicos e, em segundo, como possibilidade de manifestação da potencialidade epiléptica sob a forma de crises clínicas definidas, desde a clássica convulsão generalizada até pequenos sintomas sensitivos, cognitivos ou psicomotores.
No caso de ser abordado o conjunto sindrômico do paciente disrítmico há que se compreender o epiléptico, com sua maneira de ser e sua personalidade. No caso da caracterização clínica das crises procura-se compreender a epilepsia, com seu quadro clínico, curso e evolução. Interessa à psiquiatria a abordagem do epiléptico em geral e das epilepsias com peculiar expressão psíquica. As demais formas são melhor estudadas pela neurologia.
As epilepsias podem ser Parciais ou Generalizadas. As epilepsias ditas Parciais são aquelas que comprometem apenas um dos hemisférios cerebrais. Entre elas, serão consideradas Parciais Simples sempre que não houver comprometimento da consciência e, ao contrário, Parciais Complexas havendo tal comprometimento. São Generalizadas as epilepsias que afetam ambos hemisférios cerebrais e, tal como as parciais, podem ser Convulsivas e não-Convulsivas.
I - EPILEPSIA PARCIAL
Simples
Complexa
II - EPILEPSIA GENERALIZADA
Convulsiva
Não Convulsiva
Entre as crises epilépticas interessa particularmente à psiquiatria, a Crise Parcial com Sintomatologia Psíquica. Estas crises podem se manifestar em forma de distúrbios paroxísticos da linguagem com crises de afasia transitórias, podem apresentar lapsos paroxísticos de memória, sensações de "dêjà vu" ou de "jamais vu". Não raras vezes há queixas de distorções na percepção dos objetos, ora percebidos como aumentados ora como diminuídos, disformes, mudados de posição, etc.
Outras peculiaridades podem estar presentes nas Crises Parciais com Sintomatologia Psíquica, como por exemplo, as modificações paroxísticas do humor e do afeto, sensações de prazer e desprazer, episódios súbitos e imotivados de depressão e raiva, de medo e terror. O início e o término destas manifestações é, via de regra, abrupto e, freqüentemente, existem outros sinais sugestivos de disritmia concomitantes.
É de primordial importância ao clínico ter noção dessas alterações sensoperceptivas e emocionais conseqüentes à epilepsia. Estas são situações que despertam, na maioria dos psiquiatras, uma grande inclinação à utilização de antipsicóticos e/ou antidepressivos mas que, não obstante, respondem muito melhor ao uso de anticonvulsivantes, notadamente a carbamazepina.
Quando estas Crises Parciais são Complexas as alterações da consciência podem dar-se sob a forma de estreitamento, denominado Estado Crepuscular, freqüentemente de média ou longa duração. Nestes Estados Crepusculares é comum um certo automatismo motor, quase sempre com atitudes sem objetivo prático e expressão facial sugestiva de medo ou agressividade. Havendo agressividade extremada durante o Estado Crepuscular, podemos falar em Furor Epiléptico, distúrbio responsável por graves danos sociais e familiares. Passado o episódio, normalmente o paciente não guarda uma lembrança nítida do ocorrido.
Psiquiatricamente, entretanto, interessa-nos os indivíduos não apenas com crises eletrencefalograficamente ou fisiopatologicamente delimitadas mas, sobretudo, os portadores de um conjunto mais abrangente de sinais e sintomas capazes de conferir-lhes uma maneira peculiar de contatar a realidade e de viver. De acordo com este conceito, muitos autores têm utilizado o termo Personalidade Epiléptica (9,10), Epileptiforme ou Epileptóide para designar esta constelação de características psíquicas associadas à atividade disrítmica do Sistema Nervoso Central, notadamente do lobo temporal.
Eneida Matarazzo reconhece alterações de várias áreas do psiquismo como manifestações permanentes dos pacientes epilépticos. Na esfera do pensamento ela sublinha a prolixidade e viscosidade comentadas acima, na sexualidade ela refere o aumento ou diminuição da libido, na psicomotricidade observa a hiperatividade infantil e a presença de tiques e, na esfera da volição, enfatiza as obsessões e compulsões. As alterações da afetividade são descritas por essa autora englobando a irritabilidade, a agressividade, o medo e a depressão. Esta última com a marcante característica de apatia depressiva, mais que de tristeza, propriamente dita, e enfatiza também o medo patológico, imotivado e com início precoce na infância.
O diagnóstico da epilepsia, do ponto de vista psiquiátrico, quer seja do Transtornos Explosivo Intermitente, do Transtornos Explosivo da Personalidade, da Síndrome de Descontrole Episódico, de alguns Transtornos Disruptivos da Infância, da Epilepsia não Convulsiva, da Epilepsia Parcial com sintomas psíquicos ou, simplesmente, da Personalidade Epileptiforme, deve repousar em bases eminentemente clínicas. Devem ser avaliadas as manifestações da conduta, das emoções, das reações, do desenvolvimento psicomotor, bem como as queixas somáticas vagotônicas, a vida infantil e o relacionamento interpessoal. Enfim, devemos armar um arcabouço da personalidade atual e pregressa e daí, independente dos resultados eletrencefalográficos, dizer se o paciente tem ou não traços epileptiformes.
Para os profissionais sensíveis ao conceito das alterações da personalidade de natureza epiléptica, é muito importante a investigação minuciosa sobre algumas características personais. Evidentemente isso contribuirá, sobremaneira, na melhor resolutividade terapêutica, já que, como dissemos, tais quadros respondem bem à carbamazepina.
Deve-se verificar a ocorrência de enurese noturna na infância até mais de 6 anos, terror noturno mesmo depois de adulto, sono muito agitado com fala noturna e/ou sonambulismo em qualquer idade, episódios de perda de fôlego na primeira infância, ocorrência de convulsões febris na infância, irritabilidade e agressividade a vida toda, instabilidade do humor do tipo que acorda com o "pé esquerdo", cefaléias freqüentes, incluindo o tipo enxaqueca, episódios de vista escura e tontura postural, distúrbios da atenção na infância, viscosidade, tendências depressivas do tipo apático. Trata-se de uma verdadeira constelação de traços que, no mínimo, oferecerão uma opção à mais para hipótese diagnóstica.
Há quem recomende, também, para a possibilidade desse tipo de personalidade epileptiforme, observações sobre a predominância do Sistema Nervoso Parassimpático, tais como, bradicardia, hipotensão arterial, tendência à gastrites e úlceras digestivas, alergia e asma brônquica. Para a psiquiatria, a convulsão generalizada é apenas mais um sintoma epiléptico, podendo ou não estar presente e o eletroencefalograma, nesses casos, só terá valor se positivo.
Ballone GJ - Violência e Psiquiatria - in. PsiqWeb, Internet, disponível em <http://www.psiqweb.med.br/forense/violen.html> revisto em 2002


Segundo o site NeuroPsicoNews, "A epilepsia é descarga elétrica maciça e espontânea não controlada de células cerebrais. Cerca de uma pessoa em 300 sofre de epilepsia do lobo temporal (ELT), o que contribui para cerca de metade de todas as epilepsias dos adultos; diferem da epilepsia do tipo grande mal porque as descargas não ocorrem em todo o cérebro, mas se concentram nos lobos temporais do córtex cerebral. As causas de ELT são desconhecidas e provavelmente variadas, sendo controversa a sua relação com a violência. De acordo com alguns especialistas, as pessoas com ELT são facilmente provocadas à violência, especialmente por sentimentos de injustiça, nos períodos entre as crises (períodos interictais). Uma teoria explica a chamada síndrome do comportamento interictal como decorrente de uma alteração da sensibilidade do sistema límbico e do tronco cerebral produzida por descargas elétricas não controladas repetidas – fenômeno conhecido como kindling ou ignição. Os defensores deste ponto de vista citam estudos mostrando que muitos delinqüentes e pacientes violentos com crises recorrentes de raiva têm ELT. Outros, porém, dizem que não há personalidade epiléptica distinta nem evidência clara de que pessoas com ELT sejam particularmente agressivas ou irritáveis (veja a página).
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DEPRESSÃO

DEPRESSÃO

A DEPRESSÃO É COMO UMA AVALIAÇÃO ECXTREMAMENTE NEGATIVA QUE O INDIVÍDUO FAZ DE SI MESMO, ELE SE CONSIDERA UM LIXO, UM DERROTADO, UM FRACASSADO, UM PREDESTINADO PARA SER INFERIOR, É UMA FALTA DE AUTO-ESTIMA, DE AMOR PRÓPRIO. A DEPRESSÃO NO ESTADO MAIS PROFUNDO PODE LEVAR O CORPO A MORRER POR FALTA DE VONTADE, POR FALTA DE APETITE. O MUNDO DO DEPRIMIDO É ESCURO E SOMBRIO

ESGOTAMENTO / ESSENCIA DO SER HUMANO

ESGOTAMENTO


O Trabalho moderno tem trazido ao homem uma forte pressão para que consiga metas e desempenhos cada vez mais elevados, levando muitas pessoas ao esgotamento físico e mental, talves mais mental que físico. Além da pressão dos superiores e chefes direto, ainda a pessoa tem que cuidar das tarefas domésticas e cuidar da família.

Os sintomas característicos do ESGOTAMENTO são: fadiga, sensação de impotência, apatia, desespero e sensação de estar doente.”

O esgotamento ocorre por um excesso de atividade como explica Ann McGee-Cooper, especialista em cérebro:

“O esgotamento é resultado de uma perda de equilíbrio, típica de um espiral no qual o trabalho ocupa mais e mais lugar.”

Martin Seligman no seu livro “SENTIMENTO DE IMPOTÊNCIA” publicado em inglês diz:

“Devemos atribuir a multiplicação das depressões ao individualismo que reina no Ocidente.” – Assim, quando a pessoa se vê, está esgotada.

Nas palavras do professor de Sociopsicologia da universidade da Califórnia, Elliot Aronson:

“O esgotamento é conseqüência do fogo da paixão.”

Isto quer dizer que aqueles que se apaixonam por objetivos e ideais elevados.

O professor de Enfermagem da Cruz Vermelha, Fumiaki Inaoka no seu livro “Moetsukisokogun (a Síndrome do Esgotamento) nos informa que:

“Os candidatos a depressão por esgotamento são geralmente pessoas compreensivas, humanas, sensíveis e idealistas, eles se interessam mais por pessoas do que por máquinas.”

O esgotamento é conseqüência da incapacidade do sujeito alcançar seus objetivos inacessíveis que por eles são fixados. Por este mesmo motivo, também as mães sofrem com este mal por não conseguir alcançar seus alvos com respeito a felicidade dos filhos.




O American Heritage Dictionary ressalta que:

“Um esgotamento físico ou emocional acontece após um período prolongado de tensão ou gasto de energia.”

A frustração é uma causa do Esgotamento, quando a pessoa percebe que sua luta não esta sendo recompensada com a conquista dos objetivos traçados, ela cai na depressão do esgotamento. Outros fatores como a solidão e a falta de reconhecimento também propicia o esgotamento.

O professor de Enfermagem da Cruz Vermelha, Fumiaki Inaoka no seu livro “Moetsukisokogun (a Síndrome do Esgotamento) ainda nos informa que:

“Os enfermeiros sofrem mais com esgotamento do que os obstetras.”Até porque os obstetras são mais reconhecidos por ajudarem os bebês a nascerem.

Muitos deixam de pedir ajuda quando estão em dificuldades na escola ou no trabalho porque não querem parecer incompetentes.

Robert Veninga e James Spradley em seu livro: “TRABALHO E STRESS – COMO VENCER O ESGOTAMENTO” diz:

“O esgotamento ocorre como resultado de uma tensão perpétua de um stress que dura dia após dia, mês após mês e ano após ano.”

A grosso modo, quem sofre de esgotamento é pessoa muito ocupada, não é vagabundo e está procurando fazer coisas úteis. Por isso os especialistas dizem que isto é doença dos bons e não dos maus e que se caracteriza pelo fato da pessoa ter valores elevados.

A PSICOLOGIA CLÍNICA sugere algumas medidas para prevenir a depressão por esgotamento:

1 – Vigilância mental para observar seus próprios pensamentos e sentimentos
2 – Orar. Falando para Deus suas angústias e anseios
3 – Orientar o pensamento para coisas úteis e positivas
4 – Ao sentir-se aflito, procurar relaxar e respirar fundo.
5 – Auto-estudo sobre as causas do seu stress.
6 - Elogie sinceramente o sucesso alheio.
7 – Identifique e destrua os pensamentos negativos
8 – Saiba dizer não para não assumir mais compromisso do que pode.
9 – Faça exercício físico regularmente para descontrair os músculos e a ansiedade.
10 – Respeite as pessoas e procure ver o lado positivo dos outros em sua volta.
11 – Melhore seu senso de humor
12 – Evite acumular serviço.
13 – Evite alvos inalcançáveis
14 – Se possível delegue tarefas, nem tudo precisa ser feito por você pessoalmente. (Êxodo 18.13-27)
15 – Contentes com o que tem
16 – Mantenha um circulo de amigos e afetividade familiar.





A Bíblia da as seguintes admoestações para evitar o esgotamento:

Ande modestamente com Deus (Miquéias 6.8)

“Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?” (Eclesiastes 7.6)

“Melhor é um punhado com tranquilidade do que ambas as mãos cheias com trabalho e vão desejo.”(Eclesiastes 4.6)

“Seja bendito o teu manancial; e regozija-te na mulher da tua mocidade.” (Provérbios 5.18)


ESSENCIA DO SER HUMANO

TODO SER HUMANO ESSENCIALMENTE POSSUI VIRTUDES E VICIOS, SEMELHANÇA COM DEUS E CARACTERISTICAS DEMONÍACAS, NASCEMOS ASSIM, MAS COM PASSAR DO TEMPO, A EDUCAÇÃO, A CULTURA, A FORMAÇÃO ESPIRITURAL E AS EXPERIÊNCIAS VÃO NOS MOLDANDO, COMO DISSE CERTO PSIQUIATRA:
Portanto, habita em nossa personalidade todos os traços encontrados nas demais pessoas más, apesar de não haver nada de especial em nós que não haja em todas as pessoas, a combinação desses traços em nosso interior é que nos fazem únicos e exclusivos

FOBIA

FOBIA (do Grego φόβος "medo"), SIGNIFICA MEDO EXAGERO E INEXPLICAVEL POR LUGAR, ANIMAIS, OBJETOS OU SITUAÇÕES.

NA PSICOPATOLOGIA A FOBIA ESTA DIVIDIDA EM TRÊS TIPOS:

1 - AGORAFOBIA - MEDO DE ESTAR EM LUGAR PÚBLICO
2 - FOBIA SOCIAL - MEDO DO COMETÁRIO DOS OUTROS
3 - FOBIA SIMPLES - MEDO DE OBJETOS OU SITUAÇÕES CONCRETAS

A CLASSIFICAÇÃO DA LISTA DE MEDOS É ENORME, EIS OS PRINCIPAIS:

Abissofobia - medo de abismos, precipícios.
Ablepsifobia - medo de ficar cego
Ablutofobia - medo de tomar banho.
Acarofobia - medo de ter a pele infestada por pequenos organismos (ácaros).
Acerofobia - medo a produtos ácidos.
Acluofobia - medo ou horror exagerado à escuridão.
Acrofobia - medo de altura.
Acusticofobia - medo relacionado aos ruídos de alta intensidade.
Aeroacrofobia - medo de lugar aberto e alto.
Aerodromofobia - medo de viagens aéreas.
Aerofobia - medo de ventos, engolir ar ou aspirar substâncias tóxicas.
Aeronausifobia - medo de vomitar (quando viaja de avião).
Afobia - medo da falta de fobias
Agliofobia - medo de sentir dor.
Afefobia - medo de ser tocado.
Agorafobia - medo de lugares abertos, de estar na multidão, lugares públicos ou deixar lugar seguro.
Agrafobia - medo de abuso sexual.
Agrizoofobia - medo de animais selvagens.
Agirofobia - medo de ruas ou cruzamento de ruas.
Aicmofobia - medo de agulhas de injeção ou objetos pontudos.
Ailurofobia - medo de gatos.
Aletrorofobia - medo de galinhas. (ornitofobia)
Algofobia - medo de dor.
Amatofobia - medo de poeiras
Amaxofobia - medo mórbido de se encontrar ou viajar dentro de qualquer veículo de transporte.
Ambulofobia - medo de andar
Amnesifobia - medo de perder a memória.
Ancraofobia ou Anemofobia - medo de correntes de ar
Androfobia - medo de homens
Anemofobia - medo de ventos
Anginofobia - medo de engasgar
Antropofobia - medo de pessoas ou da sociedade
Antlofobia - medo de enchentes
Anuptafobia - medo de ficar solteiro (a)
Apifobia - medo de abelhas
Aracnefobia ou Aracnofobia - medo de aranhas
Astenofobia - medo de desmaiar ou ter fraqueza
Astrofobia ou astrapofobia - medo de trovões e relâmpagos
Ataxofobia - medo de desordem.
Autofobia - medo de si mesmo ou de ficar sozinho (Monofobia, Isolofobia)
Automatonofobia - medo de bonecos de ventríloquo, criaturas animatrônicas, estátuas de cera (qualquer coisa que represente falsamente um ser sensível)
Azinofobia - medo de ser agredido pelos pais

B
Bacilofobia ou Bacteriofobia - medo de bactérias (Microbiofobia)
Balistofobia - medo de mísseis
Basofobia ou basifobia - medo de andar ou cair (inabilidade de ficar em pé)
Batofobia - medo de profundidade
Botanofobia - medo de plantas
Batofobia - medo de alturas ou ficar fechado em edifícios altos
Batracnofobia - medo de anfíbios (como sapos, salamandras, rãs etc.)
Belonofobia - medo de alfinetes e agulhas (aiquimofobia)
Blennofobia - medo de limo ou coisas viscosas
Brontofobia - medo de trovões e relâmpagos
Biofobia - medo da vida

C
Cacorrafiofobia - medo de fracasso ou falhar
Caetofobia - medo de pêlos
Cainofobia ou cainotofobia - medo de novidades
Catagelofobia - medo do ridículo (estar ou ser)
Catapedafobia - medo de saltar de lugares baixos ou altos
Catoptrofobia - medo de espelhos
Cenofobia ou centofobia - medo que caracteriza-se pela aversão e medo mórbido de sentir inquietação de grandes espaços abertos.
Cimofobia - medo de ondas ou de movimentos parecidos com ondas
Cinetofobia ou cinesofobia - medo de movimento
Cinofobia - medo de cães
Cipridofobia, ciprifobia, ciprianofobia, ou ciprinofobia - medo de prostitutas ou doença venéreas
Ceraunofobia - medo de trovão
Copofobia - medo da fadiga
Corofobia - medo de dançar
Coniofobia - medo de poeira (amatofobia)
Cosmicofobia - medo de fenômenos cósmicos
Crometofobia ou crematofobia - medo de dinheiro
Cromofobia ou cromatofobia - medo de cores
Cronofobia - medo do tempo
Cronomentrofobia - medo de relógios
Claustrofobia - medo de espaços confinados ou lugares fechados ou seja, o oposto da agorafobia
Cleitrofobia ou cleisiofobia - medo de ficar trancado em lugares fechados
Cleptofobia - medo de ser roubado
Climacofobia - medo de degraus (subir ou cair de degraus)
Clinofobia - medo de ir para cama
Clitrofobia ou cleitrofobia - medo de ficar fechado
Cnidofobia - medo de cordas
Cometofobia - medo de cometas
Coimetrofobia - medo de cemitérios
Contreltofobia - medo de abuso sexual
Coprofobia - medo de fezes
Coulrofobia - medo de palhaços
Cremnofobia - medo de precipícios
Criofobia - medo de frio intenso, gelo ou congelamento
Cristãofobia, cristofobia ou cristianofobia - medo dos cristãos

D
Deipnofobia - medo de jantar e conversas do jantar
Demonofobia - medo de demônios
Demofobia - medo de multidão (Agorafobia)
Dendrofobia - medo de árvores
Dermatosiofobia, dermatofobia ou dermatopatofobia - medo de doenças de pele
Dextrofobia - medo de objetos do lado direito do corpo
Diabetofobia - medo de diabetes
Dinofobia - medo de vertigens ou redemoinho
Diplofobia - medo de visão dupla
Dipsofobia - medo de beber
Disabiliofobia - medo de se vestir na frente de alguém
Dismorfofobia - medo de deformidade
Distiquifobia - medo de acidentes
Domatofobia ou oiquofobia - Medo de casas ou estar em casa
Dorafobia - medo de pele de animais
Dromofobia - medo de cruzar ruas

E
Eisoptrofobia - medo de espelhos ou de se ver no espelho
Electrofobia - medo de eletricidade
Eleuterofobia - medo da liberdade
Elurofobia - medo de gatos (ailurofobia)
Emetofobia - medo de vomitar
Enoclofobia - medo de multidão
Enosiofobia ou enissofobia - medo de ter cometido um pecado ou crítica imperdoável
Entomofobia - medo de insetos
Epistaxiofobia - medo de sangrar do nariz
Epistemofobia - medo do conhecimento
Equinofobia - medo de cavalos
Eremofobia - medo de ficar só
Ereutrofobia - medo de ficar vermelho
Ergasiofobia - medo de trabalhar ou de operar (cirurgião)
Ergofobia - medo do trabalho
Eritrofobia, eritofobia ou ereutofobia - medo de luz vermelha ou do vermelho
Eretofobia - medo mórbido de sentir dor durante relações sexuais
Esciofobia ou esciafobia - medo de sombras
Escolecifobia - medo de vermes
Escopofobia ou escoptofobia - medo de estar sendo olhado
Escotofobia - medo de escuro
Escotomafobia - medo de cegueira
Esfecsofobia - medo de marimbondos
Espectrofobia - medo de fantasmas ou espectros
Estasibasifobia ou estasifobia - medo de ficar de pé ou andar (ambulofobia)
Estaurofobia - medo de cruz ou crucifixo
Estenofobia - medo de lugares ou coisas estreitas
Estigiofobia - medo do inferno
Estupefaçofobia - medo de estupefacientes ou de os consumir
Estupofobia - medo de pessoas estúpidas

F
Fagofobia - medo de engolir ou de comer
Falacrofobia - medo de tornar-se careca
Farmacofobia - medo de tomar remédios
Febrifobia, fibrifobia ou fibriofobia - medo de febre
Fengofobia - medo da luz do dia ou nascer do sol
Felinofobia - medo de gatos (ailurofobia, elurofobia, galeofobia, gatofobia)
Filemafobia ou filematofobia - medo de beijar
Filofobia - medo de enamorar
Filosofobia - medo de filosofia
Fobia Social - medo de estar sendo avaliado negativamente (socialmente)
Fobofobia - medo de fobias
Fonofobia - medo de barulhos ou vozes ou da própria voz; de telefone
Fotoaugliafobia - medo de luzes muito brilhantes
Fotofobia - medo de luz
Fronemofobia - medo de pensar
Ftisiofobia - medo de tuberculose
Flatusfobia - medo de liberar flatos a valer

G
Galeofobia ou gatofobia - medo de gatos
Gamofobia - medo de casar
Gefirofobia, gefidrofobia ou gefisrofobia - medo de cruzar pontes
Geliofobia - medo de rir
Geniofobia - medo de manter a cabeça erguida
Gerascofobia - medo de envelhecer
Gerontofobia - medo de pessoas idosas
Geumafobia ou geumofobia - medo de sabores
Gimnofobia - medo de nudez
Ginofobia, ginefobia ou ginecofobia - medo de mulheres
Glossofobia - medo de falar ou tentar falar em publico
Gnosiofobia - medo do conhecimento

H
Hadefobia - medo do inverno
Hagiofobia - medo de santos ou coisas santas
Hamartofobia - medo de pecar (pecados)
Hafefobia ou haptefobia - medo de ser tocado ou de tocar em alguém ou em alguma coisa
Harpaxofobia - medo de estar sendo roubado
Hedonofobia - medo de sentir prazer
Heliofobia - medo do sol
Hemofobia, hemafobia ou hematofobia - medo de sangue
Heresifobia ou hereiofobia - medo de desafiar a doutrina oficial (governo)
Herpetofobia - medo de répteis ou coisa que arrastam
Heterofobia - etimologicamente medo do sexo oposto, uso comum: medo da heterossexualidade
Hidrargiofobia - medo de medicamentos mercuriais
Hidrofobia - medo de água
Hidrofobofobia - medo de raiva (doença)
Hielofobia ou hialofobia - medo de vidro
Hierofobia - medo de padres ou coisas sacras
Higrofobia - medo de líquidos ou umidade
Hilefobia - medo de materialismo ou de epilepsia
Hilofobia - medo de florestas
Hipengiofobia ou hipegiafobia - medo de responsabilidade
Hipnofobia - medo de dormir ou ser hipnotizado
Hipofobia - medo de casas
Hipsifobia - medo de altura
Hobofobia - medo de bêbados ou mendigos
Hodofobia - medo de atravessar estradas
Hormefobia - medo de ficar abalado ou chocado
Homiclofobia - medo de neblina
Hominofobia - medo de homens
Hoplofobia - medo de armas de fogo
Homofobia - etimologicamente medo do semelhante, uso comum: medo da homossexualidade
Hipopotomonstrosesquipedaliofobia - medo de palavras grandes
Humilhofobia - medo de ser humilhado

I
Iatrofobia - medo de ir ao médico
Ictiofobia - medo de peixe
Ideofobia - medo de idéias
Ilingofobia - medo de vertigem ou sentir vertigem quando olha para baixo
Iofobia - medo de veneno
Insectofobia - medo de insectos
Isolofobia - medo da solidão, de estar sozinho, o medo de ficar isolado (Autofobia, Monofobia)
Isopterofobia - medo de cupins

J

L
Lachanophobia ou lachanofobia - medo de vegetais
Lactofobia - medo de leite
Laliofobia ou lalofobia - medo de falar
Leprofobia ou leprafobia - medo de lepra
Ligirofobia - medo de barulhos
Ligofobia - medo de escuridão
Lilapsofobia - medo de furacões
Limnofobia - medo de lagos
Linonofobia - medo de cordas
Lissofobia - medo de ficar louco
Literofobia - medo de letras
Liticafobia - medo de processos (civil)
Locquiofobia - medo de nascimento (criança)
Logizomecanofobia - medo de computadores
Logofobia - medo de palavras
Luefobia - medo de sífilis (lues)

M
Mageirocofobia - medo de cozinhar
Maieusiofobia - medo da infância
Malaxofobia - medo de amar (sarmassofobia)
Maniafobia - medo de insanidade
Mastigofobia - medo de punição
Mecanofobia - medo de máquinas
Megalofobia - medo de coisas grandes
Melanofobia - medo de cor preta
Melissofobia - medo de abelhas
Melofobia - medo ou ódio de música
Meningitofobia - medo de doença nervosa
Merintofobia - medo de ficar amarrado
Metalofobia - medo de metal
Metatesiofobia - medo de mudar
Meteorofobia - medo de meteoros
Metifobia - medo de álcool
Metrofobia - medo ou ódio de poesia
Micofobia - medo ou aversão por cogumelos
Microbiofobia - medo de micróbios (bacilofobia)
Microfobia - medo de coisas pequenas
Mictofobia - medo de escuridão
Mirmecofobia - medo de formigas
Misofobia - medo de germens, contaminação ou sujeira
Mitofobia - medo de mitos, histórias ou declarações falsas
Mixofobia - medo de qualquer sustância viscosa (blenofobia)
Molismofobia ou molisomofobia - medo de sujeira ou contaminação
Monofobia - medo de solidão ou ficar só (Autofobia, Isolofobia)
Monopatofobia - medo de doença incurável
Motefobia - medo de borboleta e mariposa
Motorfobia - medo de automóveis
Musofobia ou murofobia - medo de ratos

N
Narigofobia - medo de narizes
Nebulafobia - medo de neblina (homiclofobia)
Necrofobia - medo de morte ou coisas mortas
Nelofobia - medo de vidro
Neofarmafobia - medo de medicamentos novos
Neofobia - medo de qualquer coisa nova
Nefofobia - medo de nevoeiros
Nictofobia - medo da escuridão ou da noite
Noctifobia - medo da noite
Nictohilofobia - medo de florestas escuras ou a noite
Nipofobia - medo de japonês ou cultura japonesa
Nosocomefobia - medo de hospital
Nosofobia ou nosemafobia - medo de ficar doente
Nostofobia - medo de voltar para casa
Novercafobia - medo da madrasta
Nucleomitufobia - medo de armas nucleares
Nudofobia - medo de nudez

O
Obesofobia - medo de ganhar peso (pocrescofobia)
Oclofobia - medo de multidão
Ocofobia - medo de veículos
Odinofobia ou odinefobia - medo da dor (algofobia)
Odontofobia - medo de dentista ou cirurgia odontológica
Oenofobia - medo de vinhos
Ofidiofobia - medo de cobras
Oftalmofobia - medo de estar sendo vigiado
Olfactofobia - medo de cheiros
Ombrofobia - medo de chuva ou de estar chovendo
Ometafobia ou omatofobia - medo de olhos
Oneirofobia - medo de sonhos
Onomatofobia - medo de ouvir certas palavras ou nomes
Ostraconofobia - medo de ostras
Orientalofobia - medo de orientais
Ornitofobia - medo de passaros
Octofobia - medo do numero 8

P
Pedofobia - medo das crianças.
Pirofobia - medo do fogo.

Q
Quadrofobia - medo de ir ao quadro
Quemofobia - medo de substâncias químicas ou de trabalhar com elas
Quenofobia - medo de espaços vazios
Quifofobia - medo de parar
Quimofobia - medo de ondas
Quionofobia - medo de neve
Quinofobia - medo de raiva (doença)
Quiraptofobia - medo de ser tocada(o)
Quilofobia - medo de esquilos ou qualquer um roedor.

R
Rabdofobia - medo de ser severamente punido
Radiofobia - medo de radiação, raio-x
Ripofobia - medo de defecar
Ritifobia - medo de ficar enrugado
Rupofobia - medo de sujeira

S
Sarmassofobia - medo de seduzir e de participar de jogos de sedução
Satanofobia - medo de satã (demônio)
Selafobia - medo de flashes (luzes)
Selachofobia - medo de tubarões
Selenofobia - medo da lua
Seplofobia - medo de material radiativo
Sesquipedalofobia - medo de palavras grandes
Sexofobia - medo do sexo oposto (heterofobia)
Siderodromofobia - medo de trem ou viagem de trem
Siderofobia - medo de estrelas
Sinistrofobia - medo de coisas do lado esquerdo, mão esquerda
Sinofobia - medo de chinês ou cultura chinesa
Sitofobia ou Sitiofobia - medo de comida ou comer (cibofobia)
Socerafobia - medo de padrasto ou madrasta
Sociofobia - medo da sociedade ou de pessoas em geral
Somnifobia - medo de dormir
Simmetrofobia - medo de simetria
Singenesofobia - medo de parentes
Sifilofobia - medo de sífilis
Sofofobia - medo de aprender
Soteriofobia - medo de dependência dos outros
Surifobia - medo de camundongo (rato)
Simbolofobia - medo de símbolos

T
Tacofobia ou Tachofobia - medo de velocidade
Taeniofobia ou Teniofobia - medo de solitária (tênia)
Tafofobia ou tafefobia - medo de ser enterrado vivo
Talassofobia - medo do mar
Tanatofobia ou tantofobia - medo da morte ou de morrer
Tapinofobia medo de ser contagioso
Taurofobia - medo de touro
Teatrofobia - medo de teatro
Tecnofobia - medo de tecnologia
Telefonofobia - medo de telefone
Teleofobia - medo de definir planos ou de cerimônias religiosas
Teofobia - medo de Deus ou de religião
Teologicofobia - medo de teologia
Teratofobia - medo de crianças ou pessoas deformadas
Termofobia - medo de calor
Testofobia - medo de fazer provas (escolares)
Tetanofobia - medo de tétano
Tiranofobia - medo de tiranos
Tocofobia - medo de gravidez
Tomofobia - medo de cirurgia
Tonitrofobia - medo de trovão
Topofobia - medo de certos lugares ou situações, que dão medo ou pavor
Toxifobia, toxofobia ou toxicofobia - medo de se envenenar
Traumatofobia - medo de traumas (físicos)
Tripanofobia - medo de injeções
Triscaidecafobia - medo do número 13
Tropofobia - medo de mudar ou fazer mudanças

U
Uranusfobia - medo do planeta Urano
Uranofobia - medo do céu
Urifobia - aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante a fenômenos paranormais
Urofobia - medo de urina ou do ato de urinar
Uiofobia - medo dos próprios filhos; medo da prole.

V
Vacinofobia - medo de vacinação
Verbofobia - medo de palavras
Verminofobia - medo de vermes
Virginitifobia - medo de estupro
Vitricofobia - medo do padrasto

X
Xantofobia - medo da cor amarela / medo de objetos de cor amarela
Xenofobia - medo de estrangeiros ou estranhos
Xerofobia - medo de secura, aridez
Xilofobia - medo de objetos de madeira ou de floresta

Z
Zelofobia - medo de ter fazer sexo
Zoofobia - medo de animais
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_fobias"

NECROPHILIE

necrofilia e necrofagia

Déterreur de cadavres (1/2)
31-3-2010
En octobre dernier, un homme se présente au palais de justice de Charleroi pour dénoncer de bien étranges faits. "J'ai, dit-il, enlevé des corps enterrés au cimetière de la Buissière à Huy. Je les ai ramenés chez moi et cachés dans mon faux-plafond"









Desenterrador de cadáveres
(02/01)
31-3-2010
Em outubro passado, um homem apareceu no tribunal para se denunciar sobre os fatos em Charleroi. A denuncia era muito estranha. "Eu", disse ele, retirei os corpos enterrados no cemitério de Buissière em Huy. Voltei para casa e os escondi no teto falso da minha casa"

FACULTÉ DE PSYCHIATRIE AU CANADA

Le programme de résidence

Le programme de résidence en psychiatrie de l'Université de Montréal offre une formation médicale post-graduée de cinq (5) ans requise pour devenir un médecin spécialiste en psychiatrie au Québec et au Canada. Notre programme est agréé par le Collège de médecins du Québec et le Collège royal des médecins et chirurgiens du Canada. Notre mission est de former des médecins-psychiatres disponibles, compétents, humains et visant constamment l'excellence dans leurs connaissances et leur pratique médicale.

Vous trouverez dans notre site toute la documentation sur notre programme, notamment ses buts et objectifs généraux, sa structure, son curriculum longitudinal (cours et formation aux psychothérapies), les stages dans ses hôpitaux affiliés, etc.

Le programme dispose également d'un site web sécurisé pour les contenus pédagogiques des cours et séminaires du programme, accessible aux professeurs et étudiants inscrits....

Pour obtenir plus information regarder le site au-dessous

(http://www.psychia.umontreal.ca/)

PSICOPATA

O texto a seguir. O escriba Valdemir Mota de Menezes copiou na íntegra da fonte:Ballone GJ - Personalidade Psicopática - in. PsiqWeb, Internet, disponível em revisto em 2002.













TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE - 4
PERSONALIDADE PSICOPÁTICA
A psicopatologia em geral e a psiquiatria forense em especial têm dedicado, há tempo, uma enorme preocupação com o quadro conhecido por Psicopatia (ou Sociopatia, Transtorno Dissocial, Transtorno Sociopático, etc)
Trata-se de um terreno difícil e cauteloso, este que engloba as pessoas que não se enquadram nas doenças mentais já bem delineadas e com características bastante específicas, a despeito de se situarem à margem da normalidade psico-emocional ou, no mínimo, comportamental. As implicações forenses desses casos reivindicam da psiquiatria estudos exaustivos, notadamente sobre o grupo de entidades entendidas como Transtornos da Personalidade.




















O prof. Eunofre Marques adota a denominação de Personalidade Psicopática Amoral (ou, simplesmente, PP). Diz ele:
" O PP amoral é um indivíduo incapaz de incorporar valores. Ele funciona sempre na relação prazer-desprazer imediato.
São indivíduos incapazes de se integrar a qualquer grupo, devido ao seu egoísmo absoluto e a não aceitarem qualquer tipo de regras. Só o que eles querem é o que interessa. No início, eles até fazem amizades com facilidade mas, diante dos primeiros conflitos, a sua amoralidade aparece em todo o seu potencial. Terminam por ser rejeitados pelos grupos em pouco tempo. São, por isso, em geral indivíduos solitários, que migram de grupo em grupo até que não restem mais grupos para os aceitarem" (veja mais).













PERSONALIDADE PSICOPÁTICA
Devido à falta de um consenso definitivo, esse assunto tem despertado um virulento combate de opiniões entre os mais diversos autores ao longo do tempo. Igualmente variadas também são as posturas diante desses casos que resvalam na ética e na psicopatologia simultaneamente. As dificuldades vão desde a conceituação do problema, até as questões psicopatológicas de diagnóstico e tratamento. Como seria de se esperar, também na área forense as discordâncias são contundentes.
A evolução dos conceitos sobre a Personalidade Psicopática transcorreu, durante mais de um século, oscilando entre a bipolaridade orgânica-psicológica, passando à transitar também sobre as tendências sociais e parece ter aportado, finalmente, numa idéia bio-psico-social que, senão a mais verdadeira, ao menos se mostrou a mais sensata. (veja artigo Personalidade Criminosa?, uma revisão das dúvidas sobre esse tema)
Historia do conceito
O conceito de Psicopata, Personalidade Psicopática e, mais recentemente, Sociopata é um tema que vem preocupando a psiquiatria, a justiça, a antropologia, a sociologia e a filosofia desde a antigüidade. Evidentemente essa preocupação contínua e perene existe porque sempre houve personalidades anormais como parte da população geral.
Psicopatas pessoas cujo tipo de conduta chama fortemente a atenção e que não se podem qualificar de loucos nem de débeis; elas estão num campo intermediário. São indivíduos que se separam do grosso da população em termos de comportamento, conduta moral e ética. Vejamos a opinião dos vários autores sobre a Personalidade Psicopática ao longo da história.
Cardamo
Uma das primeiras descrições registradas pela medicina sobre algum comportamento que pudesse se identificar à idéia de Personalidade Psicopática foi a de Girolano Cardamo (1501-1596), um professor de medicina da Universidade de Pavia. O filho de Cardamo foi decapitado por ter envenenado sua mulher (mãe do réu) com raízes venenosas. Neste relato, Cardamo fala em "improbidade", quadro que não alcançava a insanidade total porque as pessoas que disso padeciam mantinham a aptidão para dirigir sua vontade.
Pablo Zacchia (1584-1654), considerado por alguns como fundador da Psiquiatria Médico Legal, descreve, em Questões Médico Legais, as mais notáveis concepções que logo dariam significação às "psicopatias" e aos "transtornos de personalidade".
Pinel
Em 1801, Philippe Pinel publica seu Tratado médico filosófico sobre a alienação mental e fala de pessoas que têm todas as características da mania, mas que carecem do delírio. Temos que entender que Pinel chamava de mania aos estados de furor persistentes e comportamento florido, distinto do conceito atual de mania (Berrios,  1993).
Dizia, no tratado, que se admirava de ver muitos loucos que, em nenhum momento, apresentavam prejuízo algum do entendimento, e que estavam sempre dominados por uma espécie de furor instintivo, como se o único dano fosse em suas faculdades instintivas. A falta de educação, uma educação mal dirigida ou traços perversos e indômitos naturais, podem ser as causas desta espécie de alteração ( Pinel, 1988).
Prichard
Prichard, tanto quanto Pinel, lutavam contra a idéia do filósofo Locke, o qual dizia não poder existir mania sem delírio, ou seja, mania sem prejuízo do intelecto. Portanto, nessa época, os juizes não declaravam insanos nenhuma pessoa que não tivesse um comprometimento intelectual manifesto (normalmente através do delírio). Pinel e Pricharde tratavam de impor o conceito, segundo o qual, existiam insanidades sem comprometimento intelectual, mas possivelmente com prejuízo afetivo e volitivo (da vontade). Tal posição acabava por sugerir que essas três funções mentais, o intelecto, afetividade, e a vontade, poderiam adoecer independentemente.
Foi em 1835 que James Cowles Prichard publica sua obra Treatise on insanity and other disorders affecting the mind, a qual falava da Insanidade Moral. A partir dessa obra, o historiador G. Berrios (1993) discute o conceito da Insanidade Moral como o equivalente ao nosso atual conceito de psicopatia.
Morel
Morel, em 1857, parte do religioso para elaborar sua teoria da degeneração. O ser humano tinha sido criado segundo um tipo primitivo perfeito e, todo desvio desse tipo perfeito, seria uma degeneração. A essência do tipo primitivo e, portanto, da natureza humana, é a contínua supremacia ou dominação do moral sobre o físico. Para Morel, o corpo não é mais que "o instrumento da inteligência".
A doença mental inverteria esta hierarquia e converteria o humano “em besta”. Uma doença mental não é mais que a expressão sintomática das relações anormais que se estabelecem entre a inteligência e seu instrumento doente, o corpo.
A degeneração de um indivíduo se transmite e se agrava ao longo das gerações, até chegar à decadência completa (Bercherie, 1986). Alguns autores posteriores, como é o caso de Valentím Magnam,  suprimiram o elemento religioso das idéias de Morel e acentuaram os aspectos neurobiológicos. Estes conceitos afirmavam a ideologia da hereditariedade e da predisposição em varias teorias sobre as doenças mentais.
Koch e Gross
Em 1888, Koch (Schneider, 1980) fala de Inferioridades Psicopáticas, mas se refere à inferioridades no sentido social e não moral, como se referiam anteriormente. Para Koch, as inferioridades psicopáticas eram congênitas e permanentes e divididas em três formas:
disposição psicopática,
tara psíquica congênita e
inferioridade psicopática.
Dentro da primeira forma, Disposição Psicopática, se encontram os tipos psicológicos astênicos, de Schneider. A Tara inclui a "as almas impressionáveis, os sentimentais lacrimosos, os sonhadores e fantásticos, os escrupulosos morais, os delicados e susceptíveis, os caprichosos, os exaltados, os excêntricos, os justiceiros, os reformadores do estado e do mundo, os orgulhosos, os indiscretos, os vaidosos e os presumidos, os inquietos, os malvados, os colecionadores e os inventores, os gênios fracassados e não fracassados". Todos estes estados são causados por inferioridades congênitas da constituição cerebral, mas não são consideradas doenças.
Otto Gross, por sua vez, dizia que o retardo dos neurônios para estabilizarem-se depois da descarga elétrica determinava diferenças no caráter. Assim em seu livro Inferioridades Psicopáticas, a recuperação neuronal rápida determinava indivíduos tranqüilos, e os de estabilização neuronal mais lenta, ou seja, com maior duração da estimulação, seriam os excitáveis, portadores dessa inferioridade.
Kraepelin
Kraepelin, quando faz a classificação das doenças mentais em 1904, usa o término Personalidade Psicopática para referir-se, precisamente, a este tipo de pessoas que não são neuróticos nem psicóticos, também não estão incluídas no esquema de mania-depressão, mas que se mantêm em choque contundente com os parâmetros sociais vigentes. Incluem-se aqui os criminosos congênitos, a homossexualidade, os estados obsessivos, a loucura impulsiva, os inconstantes, os embusteiros e farsantes e os querelantes (Schneider, 1980).
Para Kraepelin, as personalidades psicopáticas são formas frustras de psicose, classificadas segundo um critério fundamentalmente genético e considera que seus defeitos se limitam essencialmente à vida afetiva e à vontade (Bruno, 1996).
Schneider
Em 1923, Schneider elabora uma conceituação e classificação do que é, para ele, a Personalidade Psicopática. Schneider (1980) descarta no conjunto classificatório da personalidade atributos tais como, a inteligência, os instintos e sentimentos corporais e valoriza como elementos distintivos o conjunto dos sentimentos e valores, das tendências e vontades.

Para Kurt Schneider as Personalidades Psicopáticas formam um subtipo daquilo que classificava como Personalidades Anormais, de acordo com o critério estatístico e da particularidade de sofrerem por sua anormalidade e/ou fazerem outros sofrer.
Entretanto, a classificação de Personalidade Psicopática não pode ser reconhecida ou aceita pelo próprio paciente e, às vezes, nem mesmo por algum grupo social pois, a característica de fazer sofrer os outros ou a sociedade é demasiadamente relativo e subjetivo: um revolucionário, por exemplo, é um psicopata para alguns e um herói para outros.
Em conseqüência dessa relatividade de diagnóstico (devido à relatividade dos valores), não é lícito ou válido realizar um diagnóstico do mesmo modo que fazemos com as outras doenças. Resumindo, pode-se destacar neles certas características e propriedades que os caracterizam de maneira nada comparável aos sintomas de outras doenças. O Psicopata é, simplesmente, uma pessoa assim.
O psicopata não tem uma psicopatia, no sentido de quem tem uma tuberculose, ou algo transitório, mas ele É um psicopata. Psicopata é uma maneira de ser no mundo, é uma maneira de ser estável.
Como em tantas outras tendências, também há um certo determinismo na concepção de Schneider. Para ele os psicopatas são assim em toda situação vital e sob todo tipo de circunstâncias. O psicopata é um indivíduo que não leva em conta as circunstâncias sociais, é uma personalidade estranha, separada do seu meio. A psicopatia não é, portanto, exógena, sendo sua essência constitucional e inata, no sentido de ser pré-existente e emancipada das vivências.
Mas a conduta do psicopata nem sempre é toda psicopática, existindo momentos, fases e circunstâncias de condutas adaptadas, as quais permitem que ele passe desapercebido em muitas áreas do desempenho social. Essa dissimulação garante sua sobrevivência social.
Kurt Schneider, psiquiatra alemão, englobou no conceito de Personalidade Psicopática todos os desvios da normalidade não suficientes para serem considerados doenças mentais francas, incluindo nesses tipos, também aquele que hoje entendemos como sociopata. Dizia que a Personalidade Psicopática (que não tinha o mesmo conceito do sociopata de hoje) como aquelas personalidades anormais que sofrem por sua anormalidade e/ou fazem sofrer a sociedade. Ele distinguia os seguintes tipos de Personalidade Psicopática:
1) Hipertímicos,
2) Depressivos,
3) Inseguros,
4) Fanáticos,
5) Carentes de Atenção,
6) Emocionalmente Lábeis,
7) Explosivos,
8) Desalmados,
9) Abúlicos, e
10) Astênicos.
Evidentemente o que entendemos hoje por psicopata ou sociopata seriam, na classificação de Schnneider, os Desalmados. Muito mais tarde Mira y López definiu a Personalidade Psicopática como "...aquela personalidade mal estruturada, predisposta à desarmonia intrapsíquica, que tem menos capacidade que a maioria dos membros de sua idade, sexo e cultura para adaptar-se às exigências da vida social". E considerava 11 tipos dessas personalidades anormais muito semelhantes aos tipos de Schnneider. Eram eles:
1) Astênica,
2) Compulsiva,
3) Explosiva,
4) Instável,
5) Histérica,
6) Ciclóide,
7) Sensitivo-paranóide,
8) Esquizóide,
9) Perversa,
10) Hipocondríaca, e
11) Homosexual.
Cleckley
Em 1941 Cleckley escreveu um livro chamado "A máscara da saúde", o qual se referia a este tipo de pessoas. Em 1964 descreveu as características mais freqüentes do que hoje chamamos psicopatas. Em 1961, Karpmam disse "dentro dos psicopatas há dois grandes grupos; os depredadores e os parasitas" (fazendo uma analogia biológica). Os depredadores são aqueles que tomam as coisas pela força e os parasitas tomam-nas através da astúcia e do engodo.
Cleckley, estabeleceu, em "A máscara da saúde", alguns critérios para o diagnóstico do psicopata, em 1976, Hare, Hart e Harpur, completaram esses critérios. Somando-se as duas listas podemos relacionar as seguintes características:
1. Problemas de conduta na infância.
2. Inexistência de alucinações e delírio.
3. Ausência de manifestações neuróticas.
4. Impulsividade e ausência de autocontrole.
5. Irresponsabilidade
6. Encanto superficial, notável inteligência e loquacidade.
7. Egocentrismo patológico, autovalorização e arrogância.
8. Incapacidade de amar.
9. Grande pobreza de reações afetivas básicas.
10. Vida sexual impessoal, trivial e pouco integrada.
11. Falta de sentimentos de culpa e de vergonha.
12. Indigno de confiança, falta de empatia nas relações pessoais.
13. Manipulação do outro com recursos enganosos.
14. Mentiras e insinceridade.
15. Perda específica da intuição.
16. Incapacidade para seguir qualquer plano de vida.
17. Conduta anti-social sem aparente arrependimento.
18. Ameaças de suicídio raramente cumpridas.
19. Falta de capacidade para aprender com a experiência vivida.












Henry Ey
Henry Ey, em seu "Tratado de Psiquiatria", inclui as Personalidades Psicopáticas dentro do capítulo das doenças mentais crônicas, as quais considera como um desequilíbrio psíquico resultante das anomalias caracteriológicas das pessoas. Cita as características básicas das Personalidades Psicopáticas como sendo a anti-sociabilidade e impulsividade (Bruno, 1996). A idéia dos Transtornos de Personalidade tal como sugerido pelo DSM começou em 1966 com Robins.
O que mais se percebe em relação à Personalidade Psicopática são as controvérsias entre os vários autores e nas várias épocas mas, de alguma forma, há uma perene tendência em se apontar para três conceitos básicos.
A primeira posição reflete uma tendência mais constitucionalista (intrínseca), entendendo que o psicopata se origina de uma constituição especial, geneticamente determinado e, em conseqüência dessa organicidade, pouco se pode fazer.
A segunda tendência é a social ou extrínseca, acreditando que a sociedade faz o psicopata, a sociedade faz a seus próprios criminosos por não lhes dar os meios educativos e/ou econômicos necessários.
Através da análise de dois sistemas educacionais para problemas comportamentais, como a escola inglesa Lymam, com um sistema disciplinar rígido, autoritário, duro, e a escola Wiltwyck, americana, onde a idéia era criar um ambiente cálido, afetuoso, propenso a amistosidade, uma "disciplina de amor" segundo cita Cinta Mocha (Garrido, 1993), pode-se contra-argumentar a tendência extrínseca da psicopatia. Os psicopatas constituíram o 35% da população em ambas escolas. A instituição americana Wiltwyck teve um marcante êxito inicial, mas a taxa de reincidência em atitudes anti-sociais, ao longo de alguns anos de acompanhamento, foi o mesmo.
A terceira escola é a psicanalista, que só trata das perversões em relação com a sexualidade. Quando o transtorno implica outras pulsões, Freud fala de libidinização da dita pulsão, a qual havia sido "pervertida" pela sexualidade. A perversão adulta aparece como a persistência ou reaparição de um componente parcial da sexualidade. A perversão seria uma regressão a uma fixação anterior da libido. Recordemos que, para Freud, a passagem à plena organização genital supõe:
a) superação do complexo de Édipo,
b) o surgimento do complexo de castração e
c) a concepção da proibição do incesto.
Assim a perversão chamada fetichismo é ligada à negação da castração. A perversão seria o negativo da Neurose, que faz da perversão a manifestação em bruto, não reprimida, da sexualidade infantil (Laplanche, 1981).
A maioria dos autores dessa época procurava substituir o conceito de "constituição psicopática" por "personalidades psicopáticas" já que sua etiologia não era claramente definida. Mas, apesar da etiologia não ser claramente entendida, o quadro clínico da personalidade psicopática foi sendo cada vez mais cristalinamente descrito.
K. Eissler, no final da década de 40, considerava os psicopatas como indivíduos com ausência de sentimentos de culpa e da ansiedade normal, superficialidade de objetivos de vida e extremo egocentrismo. Os irmãos Mc Cord, em 1956, descrevem sua "síndrome psicopática" com as seguintes características: escasso ou nenhum sentimento de culpa, capacidade de amar muito prejudicada, graves alterações na conduta social, impulsividade e agressão.
Outros autores, resumindo, nas décadas sucessivas de 60 e 70, foram também definindo os traços característicos da psicopatia com termos tais como; perturbações afetivas, perturbações do instinto, deficiência superegoica, tendência a viver só o presente, baixa tolerância a frustrações. Alguns classificam esse transtorno como anomalias do caráter e da personalidade, ressaltando sempre a impulsividade e a propensão para condutas anti-sociais (Glover, Henri Ey, Kolb, Liberman).
Classicamente, hoje em dia e resumindo a evolução do conceito, a Personalidade Psicopática tem sido caracterizada principalmente por ausência de sentimentos afetuosos, amoralidade, impulsividade, falta de adaptação social e incorregibilidade.
Desalmado na paz, herói na guerra ?
Há quem, mediante árdua ginástica mental, evoca até as teorias da evolução e sobrevivência da espécie para especular sobre os psicopatas como uma espécie de indivíduos dotados de atitudes naturais para a sobrevivência da espécie, do grupo. Diante de uma emergência seriam as pessoas capazes de responder com características não habituais para fazer frente à situação totalmente anômala, imprevista e ameaçadora.
Assim, num caso de guerra, aquele que se conduz como desalmado, cruel e insensível aparece como o herói, aquele que toma a frente, que assume riscos, que leva ações adiante e que se destaca da maioria. Em tempo de paz, essas condutas caracterizariam a delinqüência, criminalidade, etc. Isso seria o mesmo que afirmar que “tarado é uma pessoa normal pega em flagrante”.
A tendência em descobrir méritos nas atitudes sociopáticas, pelo simples fato delas se ajustarem perfeitamente aos requisitos da emergência e da sobrevivência, caem por terra ao considerarmos as questões gregárias e éticas associadas aos propósitos das atitudes.










Vamos colocar a questão da seguinte maneira:
Considerando os três elementos condutores mestres da ação humana como sendo o Querer, o Dever e o Conseguir, na linguagem freudiana, o Id, o Superego e o Ego, sociopata seria aquele que, não dispondo ou dispondo deficitariamente do Dever (superego), estaria autorizado, por si mesmo, a proceder da maneira mais eficiente para SEU prazer ou SUA sobrevivência.
Portanto, a despeito da eficácia existencial, o psicopata seria o exemplar humano mais próximo da animalidade. Ora, aproximar-se da animalidade é um fenômeno a que todos estamos sujeitos, de acordo com a existência iminente de severa ameaça existencial. A distinção e o mérito éticos de cada um se medem de acordo com o limiar, a partir do qual, recorremos à animalidade para conquista de nossos objetivos.
Quanto mais vulnerável à animalidade, menor o sentido (e sentimento) ético da pessoa. Como o sociopata vive na animalidade (das atitudes), falta-lhe totalmente a condição ética. E há quem pense que, para problemas éticos... soluções éticas, para problemas médicos... soluções médicas. O psicopata não aprende com certas experiências, nem com a argumentação, e menos ainda com o discurso ético.
Os psicopatas começam a manifestar sua psicopatia desde a infância e adolescência, e não se modificam depois (veja Transtornos de Conduta). A conduta anti-social começa desde a infância, caracterizada por atitudes de mentir, roubar, falsificar cheques, prostituir-se, assaltar, maltratar animais, etc). Nota-se, desde tenra idade, uma ausência da capacidade de sentimento de culpa e de arrependimento. Quando teatralizam esses sentimentos, o fazem simplesmente para conseguir uma atenuação da pena.

Esse transtorno pode aparecer precocemente, em tenra idade, conforme diz o prof. Eunofre Marques:
"Ainda crianças já aparece o seu componente amoral, por não aceitarem regras jamais, não respeitarem qualquer limite e terem um comportamento absolutamente inadequado na escola, de onde são freqüentemente expulsos.
Já na adolescência tendem francamente para a marginalidade e tentam integrar-se aos grupos marginais mas mesmo esses, com a sua ética marginal rígida, logo o rejeitam.
Quando pressionado pelo ambiente, especialmente em ambientes fechados, como numa penitenciária, eles atual de modo primoroso, como que absorvendo os valores rígidos do meio. No entanto, é só surgir uma pequena brecha nas regras para que a sua amoralidade venha plenamente à tona.
Boa parte deles não chega à idade adulta porque, misturados com os marginais, acabam sendo mortos por estes. Mesmo assim, chegando à idade adulta, terminam por serem recolhidos a alguma penitenciária, onde eles são encontrados com freqüência. Mesmo dentro da penitenciária a sua existência está sendo constantemente ameaçada, porque não se integram a nenhum dos grupos que lá se formam.
Aqueles que têm um nível de inteligência superior conseguem parcialmente, utilizando-se dos recursos cognitivos, manterem-se relativamente integrados no meio até a idade adulta mas, mesmo estes, acabam por serem expulsos do seu meio e também vão parar nos presídios.
O PP amoral é o exemplo do fracasso do ser humano" (veja mais).